sexta-feira, 20 de abril de 2012

Anthrax: entrevista no G1

A banda nova-iorquina Anthrax (Foto: Divulgação)



"Worship music", décimo trabalho de estúdio do Anthrax, que saiu no fim de 2011, já é considerado pelos fãs e pela crítica como um dos melhores discos da carreira dos metaleiros de Nova York. Mas o que, de certa forma, hoje pode ser considerado quase como um renascimento da banda, por pouco não foi sua cova. "Confesso que em determinado momento pensamos até em abandonar tudo e acabar com o Anthrax", disse o guitarrista Rob Caggiano em entrevista ao G1.
A salvação veio com o retorno de Joey Belladonna, vocalista da formação original, que voltou para gravar seu primeiro álbum com o Anthrax desde "Persistence of time", de 1990. As dificuldades serviram como combustível para a criatividade presente nas canções - não por acaso, o disco agradou tanto aos apreciadores do gênero. "O Anthrax está mais forte do que nunca, especialmente por conta da volta do Joey Belladonna", diz.
Anthrax está de volta ao Brasil para se apresentar às 22h da segunda noite do festival Metal Open Air, em São Luís, no Maranhão, sendo um dos principais nomes da boa escalação do evento. Leia a entrevista com Caggiano, que falou de Los Angeles por telefone, a respeito da nova visita do grupo ao país:
G1 – O Anthrax está de volta ao Brasil. Quais são as expectativas para tocar aqui novamente?
Rob Caggiano – São as melhores possíveis, como sempre. Acho que o Brasil e a América Latina são alguns dos melhores lugares para se tocar na face da Terra, e mal podemos esperar para voltar e nos apresentarmos no país que tem os fãs mais empolgados do mundo, sem dúvidas.
G1 – Quais memórias você tem do país?
Rob Caggiano –
 Bem, uma coisa que me lembro é que, muitos anos atrás, quando fomos tocar aí, tivemos que viajar de ônibus entre São Paulo e Rio de Janeiro. E foi uma trajetória realmente incrível, deu pra ver toda a paisagem durante a viagem, as pessoas, o clima... deu pra sentir bem como é o Brasil, de uma forma diferente, pois costumamos sempre viajar de avião.
G1 – Vocês vão tocar em um festival de metal. Qual é a diferença entre se apresentar em um evento com bandas do gênero e em festivais com grupos de estilos variados?
Rob Caggiano –
 Na verdade, não faz a menor diferença pra gente. Sempre tocamos do mesmo jeito, não importa se é um festival de metal ou um festival com outros tipos de banda. A energia do Anthrax é sempre igual, independentemente disso.
G1 – Como será o setlist do show?
Rob Caggiano –
 O que vamos tocar? Bem, essa é uma pergunta interessante, pois temos mudado muito o repertório a cada noite. Temos apresentado coisas do disco novo, claro, mas nunca nos esquecemos dos clássicos. Vamos tocar nossas principais músicas, mas também algumas do "Worship music".
G1 – O Anthrax já mudou diversas vezes de formação. Você acredita que a atual esteja entre as melhores?
Rob Caggiano – 
Certamente! O Anthrax está mais forte do que nunca, especialmente por conta da volta do [vocalista original] Joey Belladonna. Sua energia vocal é surpreendente, ele traz características únicas para o som, que os fãs reconhecem e gostam.
G1 – Muitos consideram “Worship music” um dos melhores discos do Anthrax. O que pode dizer a respeito desse trabalho? Como foram as vibrações durante as gravações?
Rob Caggiano – 
Tivemos muitos problemas com a gravação desse disco, devo dizer. Foram momentos muito conturbados e demorou muito pra que ele fosse gravado e saísse do forno. Confesso que em determinado momento pensamos até em abandonar tudo e acabar com o Anthrax. Mas aí as coisas foram mudando, o Joey [Belladonna] decidiu voltar e tudo se encaixou. Quando vimos, tínhamos um material poderoso em mãos.
G1 – Acredita que o álbum tenha ficado bom justamente por conta desses problemas?
Rob Caggiano –
 Sem dúvidas. Acho que esse tipo de desafio ajuda no fim das contas. Nós superamos todos os problemas que quase levaram o grupo ao fim e, de fato, o álbum ficou muito bom e verdadeiro.
G1- O vocalista Joey Belladonna está de volta. Como foi seu retorno ao grupo?
Rob Caggiano –
 Foi a melhor coisa poderia ter acontecido com a gente. Ele é fantástico, mas sua volta não foi tão simples quanto parece. Quando começamos a trabalhar em estúdio, ele nos visitava de vez em quando e, com o tempo, foi ganhando confiança para poder cantar, já que tinha dúvidas quanto a isso. Um dia, então, ele nos disse que gostaria de fazer as vozes do disco e, quando menos vimos, ele estava de volta. Mas foi um passo de cada vez.
G1 – O Anthrax tem mais de 30 anos de carreira. Quais são os próximos passos para o grupo?
Rob Caggiano –
 Primeiro vamos nos focar em divulgar esse disco, excursionar e apresentar as músicas de "Worship music". Depois disso? Não sei. Talvez dominar o mundo (risos)?



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Sou bancário (e isso é muito ruim, acreditem), guitarrista e vocalista da banda Raiobitz (Rio Claro-SP), colaborador do Whiplash.net e pai em horário integral. Curto rock e todas as suas vertentes desde que me entendo por gente e quero compartilhar dessa paixão.